sexta-feira, 16 de outubro de 2009

A beber




Foi num fim-de-semana na quinta de bons amigo e rodeado de bons amigos que descobri os vinhos da Quinta do Cerrado. Vinhos do Dão. Zona de indiscutível beleza emoldurada pelas Serras do Buçaco, Lousã, Açor, Estrela, Nave e Caramulo. Terras onde o rio Mondego e o rio Dão serpenteiam.

A descoberta feita no primeiro jantar, onde um rubicundo senhor assegurava a qualidade do vinho desconhecido para todos os comensais. “Se não gostarem, não pagam!” Pois não só pagámos como a manhã seguinte foi dedicada à recolha destes néctares.

Vinhos surpreendentes e as monocastas brancas Encruzado e Malvasia e as tintas Roriz e Touriga encantadoras

Para as tardes escolhemos o Encruzado.Tardes de sol soalheiro degustando o liquido amarelo brilhante, os aromas das frutas e faz flores misturavam-se com ao Outono que se iniciava. Também com notas de baunilha. Na boca a frescura, o sabor das pêras e das maçãs que nos faziam companhia e numa cesta brilhavam ao sol, e dos marmelos que ao longe amadureciam. Perto, muito perto estavam as gargalhas francas. Os risos e os sorrisos que as historias comuns e a amizade enlaçam.

À noite abandonámos as monocastas e o tinto de reserva “Lagares do Cerrado”. O vermelho é escuro, mas transparente como translúcida é a amizade. Os aromas das madeiras e da caruma eram subtis, como subtil era o crepitar da lareira. O corpo fluido, como fluidas eram as conversas. A acidez acentuada combinava com a refeição das iguarias da região.

Claramente vinhos do Dão... a envolver dias de cumplicidade
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